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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Em casa...

 Faço a minha parte... Consciente, solidária e convencida. 

Da minha varanda, onde vejo muito pouco, quase nada...e ainda bem. 

Talvez até o que possa ver, faço de conta e invento. Que não há ninguém.

Que todos estamos em casa como combatentes,  não cedemos a quaisquer atrações... Por mais felizes e contentes que possam ser. 

Mas hoje sou mais triste...

Por todos aqueles que já não podem estar na varanda como eu. 

Por todos aqueles que de perto combatem a guerra, que não se podem refugiar... Como eu. 

Mas ainda sou mais Triste por aqueles que não vêem a guerra, que não sofrem os mortos, que não cuidam os vivos... 

Sou mais Triste e mais Vergonha. 

Maria 





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Confinamento...parte II

 Confinamento...parte II 

    Há quase um ano que nos encontramos todos nesta situação de pandemia, o chamado vírus SARS-CoV-2 ou o mais conhecido Covid- 19. 
    Para memória futura aqui fica, poderei mais tarde ter que me ler para me lembrar.
    O armazenamento de informações e factos obtidos através de experiências vividas, a que chamamos memória é imensas vezes traiçoeira e com a idade tem a enorme tendência de se esquecer de si própria. 
    Estamos agora em Fevereiro de 2021, no segundo confinamento, pela segunda vez que as lojas onde trabalho fecham, todos temos que ficar em casa. Entretanto e durante este tempo passamos por vários sentimentos, penso que o mais comum foi o Medo. Medo de contrair a Doença  ou que, os que mais amamos a contraiam. 
    Medo da Incerteza que nos assola a todos. 
    Este acordar sem saber bem o que nos reserva o futuro. E mesmo com trabalho feito para que eu seja digna daquilo que já fiz um dia, já nada se controla. 
    A liberdade, o meu espaço e com uma séria mania de ter tudo controlado...a incerteza é o mais emergente nesta fase. 
    Não sei nem sabe ninguém, sei apenas aquilo que sinto...

    Mãe : Tenho tanta Saudade de Te tocar, de poder Ficar...os momentos agora são tão breves e mesmo a 2 metros de distância, mais parece que estou do outro lado do Mundo. 
    Mãe que seja possível a compensação de tudo isto, que seja breve eu ficar, que seja breve abraçar e simplesmente tocar. 

    Filha - a Maria Pequena, és um orgulho meu amor. 
Se tens ninguém dá por ele. O medo que talvez possas ter. Mas que aparentemente desde o inicio e talvez porque não confinaste à primeira, adquiriste defesas que em outros não encontro. O trabalho, a idade, mais tudo o que Tu és faz com que, quem Te veja até se sinta mais Alegre e Segura, como eu. 
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    Amor : Sim ao Amor que me bateu à porta, há coisa menos coisa, não importa, já há tempo suficiente para se chamar Amor. Um confinamento pouco caseiro, o gajo não tem nada a ver contigo, e parece me que quando falamos de trabalho não há casa que te pegue. Melhor assim, porque já somos dois e temos algo em comum. O depois... já veremos de que fomos capazes. 

...sinto uma imensa Saudade e tamanha Pena, porque é preciso não poder ter... para Valorizar...

   Agora resta me Invocar a Esperança que com a sua razão seja a testemunha de tudo o que passamos e sentimos para que não seja fácil cairmos no esquecimento...

....e levianamente Viver..... 

maria costa